segunda-feira, 17 de maio de 2010

Oficina entrevista: Boris Vasilev

Vamos caminhando para o fim de nossa série de entrevistas... foi uma experiência bacana pra nós poder ouvir diferentes pessoas e conhecer seus diversos gostos e preferências musicais.

Agora conversamos com Boris Vasilev. Ele tem 22 anos, é estudante e nasceu em Sofia, capital da Bulgária, assim como sua amiga Tsvetelina. Boris sabe muito de música, e adora descobrir novos sons. Vamos às suas respostas:

OR: Como/Por que você começou a gostar de música?
BV: Porque eu encontrava (e ainda encontro) dentro dela sentimentos expressos, que eu sentia em mim mesmo. Porque às vezes ela consegue me tocar profundamente, e me ajuda a me (re)descobrir, a encontrar respostas e razões

OR: Qual seu estilo musical favorito?
BV: Gosto de vários gêneros musicais... música brasileira :-) ... jazz, rock, música clássica, trip hop, etc.... Gosto também de misturas de gêneros (quando elas são bem feitas)

OR: Cantores, grupos e/ou bandas favoritas
BV: Entre meus preferidos, posso citar: Pink Floyd, Radiohead, Faith No More, Mike Patton, Portishead, Massive Attack, Miles Davis, Igor Stravinsky, Neil Young, Al Di Meola, His Name Is Alive... entre outros

OR: Com que frequência escuta música? Como (mp3, cd, rádio, etc.)?
BV: Escuto música todos os dias. Sobretudo em meu computador, escutando mp3’s, e mais raramente escuto em CD’s

OR: Como adquire as músicas? Em que formato (cd, mp3)?
BV: Às vezes compro CD’s

OR: Qual sua opinião sobre a pirataria e o download ilegal pela internet?
BV: Acho que é uma questão complicada. De um lado sou a favor da livre troca de ideias, e pela distinção entre arte e comércio, mas por outro lado penso que a pirataria desvaloriza o artista, de uma certa forma. Pra mim, o download pela Internet não pode, nem deve acabar. Antes, os modos de distribuição e de venda devem evoluir com as tecnologias e os usuários. Acho que que se deve utilizar o progresso tecnológico "que se espera", mas também se deve encontrar meios práticos pra que os artistas sejam remunerados... Me lembro de Radiohead, que lançou seu último álbum (InRainbows) para download livre em seu site, dizendo que é o usuário, mesmo, quem decide se vai pagar, e quanto...

OR: Costuma ir a shows? Se sim, com que frequência? Se não, por que?
BV: Não, não vou sempre. Porque não há, com frequência, shows que eu ache interessantes, ou não fico sabendo que há. Vou uma vez em um, dois meses, mas tenho vontade de ir mais frequentemente

OR: Toca algum instrumento? Canta? Compõe? Exerce alguma atividade artística (pintura, desenho, etc.)?
BV: Estou aprendendo a tocar violão. Gosto de desenhar

OR: Estilo de música do qual não gosta. Por que?
BV: O pop-folk búlgaro :-) ... Porque é superficial e comercial demais, faltam valores artísticos e estéticos... Também o pop moderno em geral (claro que há exceções) que está direcionado à vontade de se vender, e sob sua forma, uma forma muito simples, que não nos envia às verdades nem às reflexões aprofundadas, mas que resta uniforme (fica, sobretudo, só “alegrinha”) e não tem complexidade de forma, de emoções, de mensagens. Não gosto de música não-sincera, plana, que parece um produto criado na usina...

OR: Fones de ouvido ou som alto?
BV: Som alto...

OR: Eu recomendo... (artista, música, etc.)
BV: O álbum de “His Name Is Alive” – “Home is in your head”

OR: Pra mim, a música...
BV: ...está entre as experiências mais emocionantes

Ouça a música "The well", do álbum "Home is in your head", da banda de rock experimental "His name is alive", dica de Boris:



Mais sobre "His name is alive" no site oficial (em inglês)

Nenhum comentário:

Postar um comentário