sábado, 26 de junho de 2010

John Lennon: A música que traz esperança

Dentre as suas maiores composições estão "Help!", "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love" enquanto fazia parte dos Beatles e "Imagine", "Instant Karma!", "Happy Xmas (War Is Over)", "Woman", "(Just Like) Starting Over" e "Watching the Wheels" em carreira solo.

Em 2002, entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos. E recentemente, em 2008, foi considerado pela revista Rolling Stone, o 5º melhor cantor de todos os tempos. Ainda hoje, seu nome é sinônimo de esperança e coragem para milhares de fãs. Este é John Lennon.

Na primeira fase dos Beatles, John era responsável pela maioria das composições, mesmo elas sendo assinadas como dupla Lennon/McCartney. Era evidente sua liderança e maior produtividade musical na banda. John Lennon também começou a desenvolver-se como letrista e compôs algumas canções mais intimistas influenciadas por Bob Dylan como "I'm a loser" e "You've got to hide your love away". Durante a segunda fase dos Beatles, John revelou-se cada vez mais um grande letrista. Entre suas composições estão "All you need is love", "Strawberry Fields Forever", "A day in the life" e "Across the Universe" entre outras.

Em 1966, John, na época casado com Cynthia Powell, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Ela foi e ainda é taxada por muitos fãs dos Beatles como uma das principais causas da separação do grupo. Também é tida como uma aproveitadora e manipuladora da carreira solo de John, uma mulher sem talento musical que se fez presente em muitos álbuns solos do cantor. Por outro lado, seus defensores alegam que Yoko é atacada por não fazer parte de uma padrão de beleza comum. Alegam que Yoko estimulou John a ter uma atitude mais preocupada com problemas sociais (guerra, violência, política, etc.) e a viver mais intensamente sua vida privada com o filho e a família. Seja como for, Yoko é uma figura polêmica entre os fãs do cantor e músico, mas que viveu ao seu lado, recebendo inúmeras declarações de amor de John até sua morte.

Junto a Yoko Ono, John começou sua carreira solo mesmo ainda fazendo parte dos Beatles, mas sem muito sucesso. Ele lançou o primeiro álbum, Two Virgins, em novembro de 1968. Two Virgins era um álbum experimental e que trouxe gravações caseiras. A capa do álbum causou polêmica, pois os dois apareceram nus. Um mês antes do lançamento do álbum, eles foram presos pela polícia por porte de drogas.

Em 1971, John atinge o sucesso com o álbum Imagine. A faixa-título faz muito sucesso e torna-se um hino da paz no mundo inteiro. John viria a dizer, pouco antes de sua morte, que parte da letra de "Imagine" era de Yoko, apesar de ele não haver creditado a parceria à esposa. O álbum atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso estadunidense e inglesa.

Após cinco anos de reclusão, em 1980, John Lennon voltou a gravar um novo álbum, Double Fantasy. Durante este período de reclusão, John gravou alguma coisa em sua casa e compôs algumas canções. O álbum foi dividido entre canções de Lennon e Yoko. Em "(Just Like)Starting Over", John faz referências à sua volta. "Starting Over" e "Woman" atingiram o primeiro lugar nas paradas de sucesso. Ainda fizeram sucesso "Watching the Wheels" e "Beautiful Boy", sucesso que foi impulsionado pela morte de John Lennon.

Na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, John foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP Double Fantasy. O rapaz era Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, que acabou dando 5 tiros em John Lennon com revólver calibre 38. A polícia chegou minutos depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80 % de seu sangue, aos quarenta anos de idade. Logo após a notícia da morte de John Lennon, que correu o mundo, uma multidão se juntou em frente ao apartamento, com velas e cantando canções de John e dos Beatles. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e suas cinzas foram guardadas por Yoko Ono.

O assassino foi preso, pois permaneceu no local, esperando os policiais chegarem. Ao entrar na viatura, pediu desculpas aos policiais pelo "transtorno que havia causado". Em seu julgamento alegou ter lido em "O apanhador no Campo de Centeio" uma mensagem que dizia para matar John Lennon. Acabou sendo condenado à prisão perpétua e até hoje é mantido numa cela separada de outros presos, devido às ameaças de morte que recebeu.

Após a morte de John, foi criado um memorial chamado Strawberry Fields Forever no Central Park. Alguns discos póstumos foram lançados, como Milk and Honey, com sobras de canções do disco Double Fantasy. Várias coletâneas e um disco chamado Accoustic foram lançados em 2005. Yoko Ono administra tudo o que se refere a John Lennon, suas canções em carreira solo, seus vídeos e filmes.
Philip Norman escreveu a biografia: "John Lennon - A Vida", onde revela fatos polêmicos sobre o cantor, como a vontade de ter tido relações sexuais com sua mãe ou um possível caso amoroso com seu empresário, Brian Epstein. O livro mostra retrata um sujeito inseguro, às vezes violento e venenoso, além de criativo, talentoso, bondoso e corajoso.

No documentário Imagine, onde alguns familiares e amigos falam como era conviver com o cantor, Yoko Ono diz que o ex-beatle era como “um velho soldado que lutava ao meu lado”. Odiada por muitos que a consideram o pivô da separação da maior banda de todos os tempos e extremamente amada por John Lennon que declarou em uma de suas músicas que não acreditava em religião, no Bob Dylan, na política, nos homens, mas acreditava nele e na Yoko. Fiquem com a belíssima canção “Woman”, escrita por John Lennon em homenagem à sua musa, Yoko Ono.


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