

O austríaco Alban Berg (1885-1935) foi aluno de Schoenberg. Era também influenciado pela obra do conterrâneo Gustav Mahler e do romantismo tardio. Para o filósofo alemão Theodor Adorno, o grande mérito de Berg foi revelar que a linguagem musical de Schoenberg não representava um sectarismo, mas uma evolução a partir de Mahler, do francês Claude Debussy e outros compositores da geração anterior.
Berg desfrutava de certa popularidade nos anos anteriores à sua obra derradeira, o Concerto para Violino (1935). No entanto, o nazismo – que refutava a idéia universalizante da música serial – proibiria a execução de suas obras na Alemanha e na Áustria, levando-o a sérias complicações financeiras. Foi a morte precoce de Manon Gropius que levou Berg a compor a obra. A filha de Alma Mahler (ex-esposa de Gustav Mahler) com o arquiteto alemão Walter Gropius morrera repentinamente, e o compositor pediu permissão a Alma para dedicar o concerto “à memória de um anjo”. Em poucos meses, finalizou a compos

Para Berg, o uso da série dodecafônica não deveria ser visto apenas como a aplicação de uma sucessão regular de intervalos entre as notas. Os rascunhos desse concerto mostram sua preferência por temas reconhecíveis, que sugerem contornos melódicos. Além disso, submeteu a série a implicações harmônicas e tonais, criando o que depois seria chamado de “centros tonais”: momentos em que a composição, serial, poderia se identificar com uma tonalidade.
Ao longo do Concerto para Violino, são feitas duas citaç


Ouça um trecho do Concerto para Violino de Alban Berg interpretado pela virtuosa violinista alemã Anne-Sophie Mutter que é uma das grandes intérpretes da obra:
Obrigado por engrandecer mais meu conhecimento sobre música. Adoro este blog, sou teu fã Aline Veras.
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