quarta-feira, 5 de maio de 2010

Holst, o educador musical


Gustav Holst foi um músico brilhante, um homem totalmente dedicado ao ensino e à composição. Vinha de uma longa ascendência familiar musical. Seu avô era um grande harpista e professor do instrumento, seu pai foi organista, e a mãe, cantora. Ele e a irmã cresceram nesse rico meio da música e, principalmente, do ensino, que mais tarde acabou por notabilizá-lo como diretor de música. Holst aprendeu piano e violino e, depois, em função de problemas na mão, acabou adotando o trombone. O ambiente culturalmente efervescente da casa despertou nele o prazer pela literatura, pelas artes plásticas e, claro, pela música. Foi influenciado inicialmente por Grieg, Wagner, Richard Strauss e Ravel, bem como pelo hinduísmo e pelas canções folclóricas inglesas.

Fascinado pelas diferentes culturas do mundo e suas sociedades, sua curiosidade e seu desejo de conhecimento o transformaram num viajante inveterado. Adorava caminhar pelas cidades e dizia que a melhor forma de conhecer um lugar era se perdendo nele. Foi em uma dessas viagens que Holst entrou em contato com a astrologia, outra paixão que acabou virando um hobby e, depois, o inspirou a compor sua obra mais famosa: Os Planetas.

Com clara influência de Stravinsky e Schoenberg, a música de Holst – principalmente Os Planetas – tem uma métrica pouco usual, melodias agressivas e, ao mesmo tempo, em função de sua variada formação e seu caráter pessoal, uma linguagem lírica e esotérica.
Perceba todas essas paixões nessa obra maravilhosa que é Os Planetas, que representa muito bem o nascimento do século 20, o século das descobertas, dos contrastes e da multiplicidade de idéias, linguagens e estilos.

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