Em 2009, a artista conhecida como "a voz dos sem voz" da América se calou. Mercedes Sosa partiu em 04 de outubro, mas sua arte continua entre nós, imortalizada em seus discos e em suas maravilhosas canções.
Mercedes nasceu em San Miguel de Tucumán, noroeste da Argentina. Sua ascendência era mestiça (francesa e indígena do grupo quechua). Na década de 1960, "la negra", como era conhecida, participou do Movimento musical "Novo Cancioneiro", surgido em Mendoza e centrado na música popular latino-americana, com ênfase no componente social. Esse foi o estilo que influenciou toda sua obra: o protesto, a ideologia de combate aos imperialismos e às desigualdades sociais, e, sobretudo, a luta pela unificação dos países latino-americanos. Sua música foi enraizada em influências africanas, cubanas, andinas e espanholas.
Após a ascensão da junta militar do general Jorge Videla, em 1976, a atmosfera na Argentina tornou-se cada vez mais opressiva. Sosa, que era uma conhecida ativista do peronismo de esquerda, foi presa no palco durante um concerto em La Plata em 1979, juntamente com seu público. Banida em seu próprio país, ela se refugiou em Paris e depois em Madri. Sosa retornou à Argentina em 1982, meses antes do colapso do regime ditatorial.
Sosa morreu aos 74 anos de idade, por complicações renais. A cantora havia trabalhado intensamente até poucas semanas antes de sua morte. Em 2008, havia dito que continuaria cantando "até os últimos dias", como uma cigarra. Sua morte repercutiu em todo mundo.
Mercedes nasceu em San Miguel de Tucumán, noroeste da Argentina. Sua ascendência era mestiça (francesa e indígena do grupo quechua). Na década de 1960, "la negra", como era conhecida, participou do Movimento musical "Novo Cancioneiro", surgido em Mendoza e centrado na música popular latino-americana, com ênfase no componente social. Esse foi o estilo que influenciou toda sua obra: o protesto, a ideologia de combate aos imperialismos e às desigualdades sociais, e, sobretudo, a luta pela unificação dos países latino-americanos. Sua música foi enraizada em influências africanas, cubanas, andinas e espanholas.
Após a ascensão da junta militar do general Jorge Videla, em 1976, a atmosfera na Argentina tornou-se cada vez mais opressiva. Sosa, que era uma conhecida ativista do peronismo de esquerda, foi presa no palco durante um concerto em La Plata em 1979, juntamente com seu público. Banida em seu próprio país, ela se refugiou em Paris e depois em Madri. Sosa retornou à Argentina em 1982, meses antes do colapso do regime ditatorial.
Sosa morreu aos 74 anos de idade, por complicações renais. A cantora havia trabalhado intensamente até poucas semanas antes de sua morte. Em 2008, havia dito que continuaria cantando "até os últimos dias", como uma cigarra. Sua morte repercutiu em todo mundo.
A cantora gravou com vários artistas argentinos e estrangeiros, como Chico Buarque, Nana Moskouri e Pablo Milanés. Um dos clássicos de seu rico repertório é "Volver a los 17", gravado com Milton Nascimento, Caetano Velloso, Gal Costa e Chico. Outra canção imortalizada em sua voz é "Alfonsina y el mar", que já foi regravada por vários artistas, dentre eles a portuguesa Cristina Branco. Uma canção lindíssima, inspirada na história real de uma poetisa que resolve suicidar-se.
Com vocês, um clássico da música latino-americana eternizado por Mercedes: "Gracias a la vida". Atentem para a letra. É maravilhosa.
Com vocês, um clássico da música latino-americana eternizado por Mercedes: "Gracias a la vida". Atentem para a letra. É maravilhosa.
Para saber mais sobre esse ícone da música argentina, acesse o site
Grande mulher, excelente cantora, por muito tempo "A voz da América Latina", no mínimo tão representativa de uma época quanto a Joan Baez, ícone da Folk Music americana nos anos da contestação.
ResponderExcluirÉ verdade, Otávio. Sosa é um ícone da música da América Latina. Não conheço a Joan Baez; vou procurar. Valeu pela dica!
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