Uma mulher de estatura pequena mas com uma voz tão forte que se tornou inalcançável e que se projeta além de tudo. Cantou canções que embora não tenham sido escritas do seu punho, significaram toda a sua vida trazendo suas alegrias, infortúnios, momentos históricos que marcaram todo um povo, que os caracterizava e que, ás vezes, os mostrava como gloriosos e/ou inglórios.
A gaúcha Elis Regina, deixou sua marca brilhante na música popular brasileira e até hoje é lembrada por suas interpretações marcadas por uma emoção intensa ao cantar cada canção que ela escolhia a dedo. Depois de 28 anos de sua morte, Elis ainda é considerada a maior cantora brasileira.
Elis Regina Carvalho Costa, começou sua carreira em 1960 quando foi contratada pela Rádio Gaúcha, e em 1961 gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Lançou ainda mais três discos, enquanto morava no Rio Grande do Sul. Depois disso, Elis foi contratada pela TV Rio para participar do programa Noites de Gala. A partir daí, a vida da Pimentinha, apelido que ganhou por causa de sua forte e difícil personalidade, mudou completamente.
Participou de diversos programas de televisão, gravou 28 discos e fez inúmeros sucessos consagrados como: Arrastão, Canção do sal, Redescobrir, Aprendendo a jogar, Casa no campo, Fascinação, Maria Maria, Romaria, Cartomante, Corcovado, Upa, neguinho!, O Bêbado e a Equilibrista, Aquarela do Brasil, Águas de março, Retrato em preto e branco, Alô, Alô Marciano, Dinorah Dinorah, Canção da América, Travessia, Saudosa maloca, Me Deixas Louca, Aviso aos Navegantes, Folhas Secas, O mestre-sala dos mares, Bala com Bala, Tiro ao Álvaro, Iracema, Aquele Abraço, Como Nossos Pais, Doente Morena, Ensaio Geral, Fechado para Balanço, Ladeira da Preguiça, Louvação, No Dia em que Eu Vim Embora, Meio de Campo, O Compositor Me Disse, Gracias a la vida, Oriente, Rebento, Roda, Se Eu Quiser Falar com Deus, Viramundo, dentre muitos outros.
Muitas canções de amor fizeram parte do seu repertório, mas marcaram também músicas que falavam do Brasil, do povo brasileiro, de nossa história com seus tempos sombrios e bravios, esperanças, conquistas, perdas e reconquistas, qualidades e defeitos; enfim, Elis cantou o que havia de melhor e de pior da alma e da terra de um povo que nunca pára de lutar e que ainda têm muito o que aprender e desenvolver. E isso tudo, com muita coragem e sentimentos verdadeiros.
Em homenagem à Elis Regina e também ao Brasil, ouça "O Bebado e A Equilibrista" no vídeo abaixo.
Sou fã, uma pena que tenha morrido tão nova. Agora gaúcha não, ela era uma carioca de alma..rs..e Fluminense!
ResponderExcluirDestaque para o Pot-Pourri com Jair Rodrigues:
O morro não tem vez/Feio não é bonito/Samba do carioca/Esse mundo é meu/A Felicidade/Samba de Negro/Vou Andar por aí/O sol nascerá/Diz que fui por aí/Acender as velas/A voz do morro/O morro não tem vez(again)
Cantando Lapinha e Ossanha do Baden Powell simplesmente sem palavras!
"Quando eu morrer..me enterrem na Lapinha".
Show de bola a homenagem.