O acaso sempre me faz descobrir pessoas, lugares e artistas maravilhosos. Quando menos espero, me deparo com verdadeiras pedras preciosas, que não descobriria em situações além das imprevisíveis.
Dia desses, numa insólita noite de sábado, eu zapeava a TV em busca de algo interessante pra ver. Encontrei algo bom de se ver e ouvir, uma voz daquelas raras, que a gente encontra poucas vezes na vida. E pra mim, o grande trunfo de um cantor brilhante está em sua voz única, que não é semelhante a nenhuma outra já ouvida. Assim fiquei extasiada diante de um clip de Concha Buika - corri pra net pra pesquisar e descobrir algo sobre a dona de voz tão singular.
Concha Buika nasceu em Palma de Malorca, na Espanha, em 1972. Sua família é originária de Guiné Equatorial, e desde pequena Buika escutava jazz, um dos estilos favoritos de sua mãe. Outras referências musicais que fizeram parte de sua infância foram as coplas (espécies de poemas musicados típicos da Espanha) e o flamenco, ambas integrantes da identidade nacional espanhola.
Quando cresceu, Concha partiu para Las Vegas, para cantar em cassinos e trabalhar em shows de nomes como Tina Turner e Rachelle Ferrell. Depois resolveu instalar-se em Madri, onde começou a desenvolver sua carreira solo.
Já com seu segundo disco, "Mi ninã Lola", Buika recebeu reconhecimento do público e da crítica, através dos prêmios de melhor produção musical e melhor álbum de música espanhola, recebidos em seu país, e do prêmio da crítica fonográfica alemã. O sucesso veio para ficar quando lançou em 2008 o álbum "La niña de fuego", que misturou jazz, soul e coplas com flamenco. As canções de amor (e sobretudo de desamor) cantadas por Concha são tocantes, passionais, e sua voz muito particular, meio rouca, faz de cada uma delas temas inesquecíveis para a memória auditiva de qualquer pessoa.
"La niña de fuego" concorreu ao Grammy Latino de melhor álbum do ano e melhor produção do ano. Não levou nenhuma das duas estatuetas, mas projetou o nome de Concha Buika além do continente europeu. De lá pra cá, Buika lançou outro álbum ("El ultimo trago") e fez duetos com outros nomes de sucesso, como Nelly Furtado e Mariza (com quem gravou "Pequenas verdades"; linda canção).
No site oficial da cantora, o texto de apresentação diz que Buika não canta coplas, mas vive os poemas, penetra-os, dá-lhes vida. Pura verdade.
Veja o clip de "No habrá nadie en el mundo", uma das melhores faixas do álbum "Niña de fuego":
Assista ao clip de "La falsa moneda", outra jóia do mesmo álbum.
Visite o site oficial da cantora (em espanhol)
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